DO OLHAR

Li recentemente uma "amiga" sobre a (in)capacidade que temos de ver os outros. Julgamos pelo que vemos, condenamos, mudamos de passeio, ignoramos, escolhemos a "cor" transparente para decidir em nome e por conta de nós próprios...!

Vivemos num "EU" intrigante, que passa eventualmente a "NÓS"... mas só quando o "EU" está "garantido"!

É... como Ela escreve a determinada altura, ninguém a vai "condecorar", porque estes pequenos grandes gestos não estão no protocolo, não fazem parte de diploma. Estes pequenos passos não dão direito a distinção com publicação em Diário da República, nunca têm as televisões em directo, a passar em todos os telejornais.

Mas sabes Dia... Se calhar é mesmo assim que deve ser! Porque o "PARE-ESCUTE-e-OLHE", não se aplica só ao verde do semáforo, não deve ser apenas lido, quando o comboio passa sem lhe apetecer parar.

É... Eu acho que é assim mesmo que deve ser. Porque arrancar um sorriso genuíno não anda fácil... E afinal parece tudo tão simples?

Há gestos que parece que "pesam", mas não deviam, não achas? Gostava que o teu "grito" pudesse, também aqui, abrir consciências, fazer pensar um pouco sobre a forma como Olhamos... Como nos olhamos?

É que sabes, diz que NÓS, aqui, “fazemos caminho, caminhando”! E gostava que o teu MOMENTO fizesse parte deste nosso Caminho.

Porque à distância de um "click", apanhamos a descida da montanha russa... Aquela descida... Porque como dizes (permite-me a ousadia de te citar) "isto acontece-me vezes demais, já me aconteceu vezes de mais, tantas, tantas vezes"!