DO ACAGRU...

Percorro os dias que passaram para ver se encontro um Momento deste ACAGRU e não é fácil, porque sabem... Eu acho que o Acampamento foi todo ele: O Momento.

Por vezes dizemos que temos sorte, acreditamos que as coisas vão acontecendo, mas aqui entre nós… eu não sei se é bem sorte ou se tudo isto, é só sorte!

E se a fama de “Agrupamento-Diferente” nos persegue, este Momento reforça ainda mais o sorriso com que se vivem estes 4 dias, o brilho nos olhos por sentir o quanto ajudamos a crescer, a confiança com que vemos “Servir”, a gargalhada com a criatividade imensa, o espanto quando trazemos o melhor de Nós ao de cima.

É impressionante como a VONTADE transforma as coisas, como ajuda a criar, como facilita a construção, a realização de algo!

É valente quando olhamos uns para os outros e entendemos o que de facto está a acontecer numa Iª, quando percebemos que há uma IIª a meter guitarradas a sério no Agrupamento, quando sentimos a genialidade de uma IIIª e quando testemunhamos o que de mais puro tem a palavra “SERVIR” para uma IVª (uma valente vénia para vocês).

É bom espantar. É puro ver e saber ver que ali ao lado, fazemos diferente, mas sentimos igual.

Sinceramente não consigo encontrar as palavras certas para acertar no que aconteceu nestes dias.

Não sei se o melhor foi chegar e ver metade do campo montado, não sei se foi acender todos os dias aquela fogueira, quando a noite nos queria apagar os passos.

Não sei se o melhor foi o arrepio da Velada ou a descontração do chouriço e da alheira quando já (quase) todos iam no 3º sono.

Eu não sei se um jogo “Smply Scouting” foi especial ou se o melhor foram as promessas, que conseguiram disfarçar "aquela-lágrima", quando se viram alguns novos lenços ao pescoço.

Não sei se o "especial" foi ver amigos que só são vistos nestes momentos.

Não sei se o raíde foi o momento alto (quando até nós questionamos se os mais novos lá chegavam), ou se foi o jantar feito por cada um, e por todos, de forma completamente “selvagem”.

Não sei se o Fogo Conselho que largou criatividade e gargalhada da boa, se sobrepõe aos dias anteriores.

Eu não sei o melhor foram os momentos privados da Chefia ou ritual da “mini-da-descompressão”, quando a maioria se entregava à banheira de casa!

Eu de facto não sei se é de vos ver, se é de testemunhar o vivido, se é de assistir ao cuidado que temos uns com os outros!

Mas o que é certo é este Momento é único para nos dar confiança, para nos mostrar aquilo que temos de melhor, para elevar o nosso potencial, para nos dizer que somos capazes de muito mais, que temos genialidade escondida que nos mostra o óbvio:

que os grandes Projectos se fazem de coisas simples… e que este nosso imaginário nos assenta que nem uma luva, porque foi SIMPLY e transbordou de SCOUTING!

E quando tudo parece difícil, quando o dia não acaba e o próximo nos deixa a dever umas horas à (saco) cama, a única certeza que tenho é que “ELA BALANÇA, MAS NÃO PÁRA…”!!!!

E Nós também não…