Ainda assim, a noite não correu mal. Ninguém prega olho até às 5 da matina. Ajudamos quem conduz, a manter-se atento. Não fosse o Jardel deixar embalar a cabeça para a frente e para o lado e poderia quase garantir que andamos 100% acordados até à hora do pequeno almoço.
6 da manhã: o repasto tipicamente espanhol (é que tem que ser mesmo, porque a alternativa era pão com morcela, ou pãocom calamares. Alguém que vá vender bolos para as auto-estradas espanholas, sff!!!).
Uns escolhem sandes de presunto, outros sandes de salpicão. O sumo de laranja ranhoso e o café que os espanhóis não sabem o que é, acabam por nos forrar o estômago para o resto da viagem.
8 da manhã: a registar - Nunca, mas nunca entrar em Madrid a horas de ponta. Não pelas 2 horas que demoramos a atravessar a cidade, não pelo sol que insiste em não nos largar... não... nada disso! É mesmo pela cara de parvos dos senhores de Madrid que ao olharem para um carro de matricula portuguesa, carregando 4 "manfios" com cara de quem não dorme há 24 horas, nos olham com um ar ainda mais superior do que o que eles acham que já são!
Passa o tormento da cidade, voltamos ao nosso ritmo. Muda o condutor, troca o cd, "chupa-se" mais um Halls, muda-se de posição, para-se mais uma vez... qualquer coisa serve para entreter a mente.
Há dois estômagos mais frágeis que se ressentem, o Jardel continua a cambalear a cabeça, cruzamo-nos com uma Expo que abre daqui a 2 meses, pensamos que está quase, mas afinal ainda faltam 178 kms.
E depois, quando se esgotam todos os adjectivos possíveis e imaginários que nos vão mantendo num rectângulo há cerca de 13 horas, vemos uns cumes brancos, umas serras que se impõe, uma placa que diz "Andorra"!
E aí, esquecemos as horas que passaram... porque a primeira imagem é esta:
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