domingo, agosto 27

A CAMINHO DOS 40... ENTÃO VAMOS LÁ!

É... Cá vamos nós!

Não ainda para a abertura oficial do 255 versão 2006/07, mas para assinalar de forma grandiosa, mas simples, a abertura das Comemorações do 40º aniversário do nosso Agrupamento.

Sábado (dia 2/09), 18.30 na sede... 19:00 na Igreja da Damaia.

E CLARO ESTAMOS A CONTAR CONTIGO, E CONTIGO, E CONTIGO, E CONTIGO...

E lá... vamos poder dizer: Faltam 365 dias, que vão ser vividos com o entusiasmo do 1º;2º;3º;...; 25º;... 39º Aniversário.

Então vamos lá... a caminho dos 40!

sábado, agosto 12

RIO ZÊZERE – DIA IV – 30/07 – THE END



23 H, deitados uns ao lado dos outros.

E porque o raio da ilha não dava p formar um circulo, as cartas não saíram da bolsa. Assim se adormeceu ao som da música de uma aldeia em festa e dos berros (ainda) mais ou menos normais dos vizinhos da ilha ao lado!

Se dúvidas houvesse, o tempo fez o favor de, uma hora depois, ter transformado uma Equipa de animação, numa verdadeira Equipa de gajos e gaja responsáveis, maduros, com saber fazer, sempre prontos a responder a qualquer dificuldade da vida… Uma Equipa de animação… bom… os 30 tem destas coisas!

Mas adiante… acordámos quais 1 e tal da matina. Por entre berros e tentativas de se fazerem passar por Padre Borga, os nossos amigos da ilha ao lado estavam num daqueles dias (ou noites) em que vale (quase) tudo.

Sim, alguns vão dizer: “mas queres o quê… tu tb aqui, fizeste estas figuras, tendo sido inclusivamente calado, por uma voz vinda da noite, acompanhada dum tiro assustador algures para o ar”.

Sim, é verdade. Mas ao menos nós, na altura tivemos o bom senso de não nos termos metido ao rio de canoa, sem coletes e muito menos de nos pormos a cantarolar músicas que denunciassem quem nós éramos!

Certamente a cantar a famosa ”põe tua mão, na mão do meu Senhor…”, não seriam traficantes de droga. Tb não eram escuteiros, pescadores ou putos ali duma qq aldeia também não eram… logo, só poderiam ser um grupo de jovens duma qualquer paróquia, a culminar, tal como nós, e à sua maneira, mais um ano!

Mas bom, ainda deu para alguns dos putos, num misto de pânico e sono serem um pouco agredidos verbalmente (mas só mesmo um pouco), quando tentavam carinhosamente dar os parabéns ao aniversariante! Eu estava a dormir, não ouvi nada.

Valeu o outro trintão, para o abraço do costume! Afinal é assim há anos: Num acampamento, e consequentemente… com os do costume!

Pode ser que aquele plano que tínhamos que metia a matança dum porco, e o aluguer dum autocarro onde metêssemos os nossos amigos extra-scouts, fiquem para os 31… Vamos ver!

A manhã foi parecida às anteriores… talvez um pouco mais ensonada, talvez a vontade de regressar, talvez a mariscada que estava prometida para o jantar, talvez qualquer coisa!

Canoas ao rio,com "ordem" para encostar à ilha do lado… era a nossa vez de acordarmos uns meninos que se tinham deitado há uma hora atrás… e com uma canção que eles conheciam!

11 e tal da manhã… missão cumprida. Encostamos à margem, ligamos ao nosso contacto das canoas, enquanto matamos saudades do local das “mulatas” (Kiko… continua lá tudo), e claro está, aquele acampamento com o “Ritz” à frente do “Meridien” veio também ao de cima.

Entregues à estação de Tomar, apanhamos o comboio, chegamos excepcionalmente à sede, sem ter que esperar por ninguém… sem fazer ninguém esperar por nós!

O que fica:

Um Grupo;
O culminar de um Empreendimento;
Uma tenda nova… e bem estrelada;
O espírito;
Memórias;
Saudades;
Recordações;
Promessas de fazer os possíveis por…;
No rio… carro não entra. Dá mais trabalho, é mais difícil… mas faz-se… e foi muito bom!

Há quem diga que “isto é importante, mas não é a nossa vida”, há quem mencione “que isto não é para quem quer, nem para quem pode”. Há quem solte ainda que “aqui se aprende muito quando se está a crescer… que aqui se cresce muito partilhando com quem cresce”.

Pois… e se calhar quando olho para trás, concordo com tudo isto. Concordo até com quem defende que “os de ontem fazem apenas diferente de mim”.

Até Setembro… com Promessa que vamos continuar Azul

“Ser Pioneiro/ser da Damaia / ser 29 e então? / fazer do mar e do céu inteiro o azul do coração / é sentir, saber, sorrir o azul do coração /…/ É SER DIFERENTE, É QUESTIONAR SEMPRE, QUANDO NOS DIZEM “NÃO” / trilhar um rumo viver ao segundo / é agarrar a emoção…”

ZÊZERE – Apontamentos de visitante


Ser Chefe tem muito de egoísmo.
Eu, precisava dar lá um pulo; sentir que o espírito é o mesmo ou melhor. Ver com os meus próprios olhos que, mesmo se agora o rio se desce em canoa de fibra em vez de jangada de bidons (tudo tem o seu tempo), as marcas que ficam são idênticas; os elos que fazem a corrente são na mesma fortes; a água bebe-se e as melâncias comem-se, em grupo; o arroz ainda tem folhas ou bolotas. Vi tudo isso.
Vi o passado, o presente e o futuro, tudo na margem de um rio, tudo no espaço de poucos dias (sim, porque tambem o momento se fez de mensagens e conversas ao telefone, antes dessa hora de banhos).
Há vinte anos atrás, aprendi tanto convosco como vocês comigo; não: acho que aprendi mais. Quando eram vocês a passar pelos baptismos de campo (baptismos de prova de fogo, não de riso dos outros), não eram vocês que aprendiam a ultrapassar mêdos, era eu que aprendia que com 10, 11, 12 anos se tem uma coragem inimaginável em alguém dessa idade; que quando se é Guia aos 13 ou 14 anos e se tem uma crise entre mãos – um incêndio, um pé torcido, liderar um campo sem adultos, se assumem posturas dignas do melhor dos espíritos, do mais tenaz saber estar e fazer. Que quando se é obrigado a melhorar algo ou a redobrar um esforço físico, isso é feito porque acreditam que o podem e conseguem fazer, não apenas porque o Chefe empurra pra esse lado.
Aprende-se muito quando se está a crescer. Cresce-se muito partilhando com quem cresce.
E são depois estes bocadinhos, ano após ano, que nos dão um gostinho especial: a projecto; a equipa; a espírito; a céu estrelado; a amizade; a tótens; a arroz com folhas; a melância à beira rio.
Obrigado pelo desafio. Obrigado pelo exemplo.

quarta-feira, agosto 9

RIO ZÊZERE – DIA III – 29/07


Paragem estratégica (e profissional), para preparar os 7 dias de férias a que tenho direito... mas a aventura no Zêzere não ficou de forma alguma esquecida!
Vamos lá então...



A manhã foi igual à de ontem:fantástica, e com uma sensação de posse... talvez da ilha que continuava a ser só nossa!

Ritual da manhã, o mesmo.Uns Chocapic rápidos, entre 3 ou 4 mergulhos a acompanhar os 20 e tal graus que já se faziam sentir quais 9 da matina!

Mochilas, transformam-se em “blocos pretos”, as canoas são religiosamente artilhadas, como se de peças de puzzle se tratassem, trocam-se algumas posições, encontramos alguns “lemes” novos, o que pode indiciar que algumas canoas irão transformar o percurso da manhã de 3 / 4 kms, em... bom...

O entusiasmo daquela água é por demais evidente. O espirito do Grupo vem ao de cima. Olha-se para a carta topográfica existente em cada canoa, comenta-se que “aquela manga, é esta aqui no mapa”, matam-se novamente saudades de caminhos já remados, canta-se, faz-se uma ou outra remada mais forte, em que escapa alguma água p os de trás... tem-se de novo um Grupo um bocadinho mais a sério... já visto a espaços, este ano... em Grande, há ano e meio!

Pena que a vossa garra só se veja nas cenas que vos dão mesmo este prazer!

Como alguém diz: está lá tudo, mas é diferente! Duvido... mas estamos cá para falar, um jantar destes!

O telefone vai tocando. Vão-se trocando umas mensagens. Alguns preparam-se para um Grande momento. Alguns vão rever alguns dos responsáveis por aquilo que alguns são hoje.

11 da manhã, temos a ilha onde vamos dormir a escassos 500/600 metros de onde decidimos almoçar. Passamos o “ponto de fresco” que tinhamos planeado na sede, e sem parar a remada, decidimos avançar um pouco mais.

Encostamos a mais uma manga. Uma prainha bem à maneira. Encontra-se sítio para a Grande Reunião... e quem sabe, vai tratar dos putos!

5 Euros, 2 melões e uma melancia... acompanham a salada de atum com feijão-frade c a famosa salada de tomate “à la Javali”!

A tarde é séria. Das 14 às 17h, e antes de voltar ao rio, falamos com eles como nunca falamos. Perguntamos, questionamos, responsabilizamos.

Engraçado. Há perguntas que não conseguem ser respondidas... nunca conseguirão. Há frases que nunca vão entender, porque tudo é diferente... demais! Ou isso, ou somos nós (que também assume contornos de grandes possibilidades...)!

A tarde foi até um pouco assustadora. Dissemos-lhe o quanto contamos com eles. Se calhar não deveriamos ter dito ainda (pelo menos tanto). Mas se calhar isto também é crescer! Se calhar...

Como o calor ia além do sol lá em cima, mandámo-los à aldeia. Comprar gelados!

Talvez encontrassem pelo caminho um jipe seguido de uma mota. Talvez lhes perguntassem se são do 255 e se estão a descer o Zêzere de canoa. Talvez lhes oferecessem 2 chouriços, aos bons velhos tempos!

Talvez se recordassem que foram eles que nos ensinaram algumas das coisas mais importantes da vida.

Talvez se lembrassem das histórias que se iam contando, de como se fazia e desfazia uma construção, de como se tirava uma prova de higiene (onde roer as unhas era chumbo certo).

Talvez encontrassem o Pedro Nuno e a Cristina, que tinham rebentado o carro dois dias antes para nos ir ver, e que, apareceram dois dias depois, para nos cumprimentar com a esquerda... aos bons velhos tempos!

O sorriso dela continua igualzinho, a energia dele já tem seguidor. O espirito ainda lá está (não querem voltar eheheheh?). Foram ter connosco, como se ia, ontem, sempre que uma secção ia acampar... lá estavam todos à noite, para se colar ao jantar e ao fogo de Conselho!

1 hora, que soube a pouco, mas que deu para matar saudades. Ficaram até a última canoa sair em direcção à conquista da nossa 2ª ilha.

Uma vez mais contra o vento, a última ilha foi conquistada, e todinha só para nós! Ainda fizemos uma visita à do lado (4 vezes maior), mas algo nos dizia que deveriamos optar pela mais pequena... e tinhamos razão...!

Mergulho, jantar, dormir. Era bom aproveitar a última noite de uma equipa de animação irresponsável!

Sim, porque a partir da meia-noite, a média de idades alterou-se!

Até amanhã.... Com uma noite/madrugada nada CALMA!

quarta-feira, agosto 2

RIO ZÊZERE – DIA II – 28/07




Adormecemos. Com o duplo tecto completamente estrelado a prometer um dia seguinte cheio de sol.

Uns juravam que viam umas quantas estrelas cadentes. Pediam-se desejos, esperava-se que fosse amanhã para nos lançarmos ao azul que tínhamos à frente!

À hora marcada, lá estavamos nós. Pestana aberta, pequeno almoço leve mas com vista para a ilha do Lombo, coletes vestidos, mochilas forradas pelos sacos pretos, prontos para o dia II!

Confesso que me custou uma vez mais acordar... para quem uma frincha do estore o tira completamente do sério, ter o sol às 6.30 da manhã não é fácil... e nem o saco cama ajuda, porque às 8 o calor começa a ser mais que muito.

Assim, e que nem filme, acordamos, damos 2 passos e quase antes de dizermos bom dia uns aos outros, já lá vão 3 ou 4 mergulhos.

Lavar não é preciso, estamos todos os dias lavados... e várias vezes, aliás, cumprida a higiene dentária, estamos em cima delas (das canoas, claro) a cumprir o 1º trajecto do dia II.

Vieram memórias (Kiko, cá vai): Passamos pela casa do nosso “amigo” Rui... aquele que tinha os dois filhos, que nos convidou a ir lá a casa, onde fizemos uma granda party, e que acabou a dormir (ele e as crianças) em campo, connosco... aquele do jipe vermelho, onde conseguiu meter uns 10 marmanjos aqui há uns anos atrás.

Ontem fizemos a festa... hoje, não parámos... mas olhámos, comentamos e sorrimos;

Ontem tinhamos a Mafalda numa das canoas, hoje tinhamos o irmão Ricardo;

Ontem quem remava à frente era a baixinha, hoje era o Carlos;

Paramos algures, por volta das 10.30 da manhã, numa “manga” do Zêzere... uma prainha fabulosa, um sol do outro mundo. E lá vão... 6 canoas, 11 putos, 11 coletes, 11 pagaias... “montar” campo, encontrar umas sombras... porque a partida está marcada para as 16.30/17 h.

A manhã/tarde é calma. Impressionam as margens. A contrastar com a beleza do rio, faz confusão o abandono das aldeias. Entramos estrada a dentro, à procura de água (e de uma mercearia), e o rasto de “abandono” é por demais evidente! O que é uma pena. O que não dava por uma casa... mesmo ali à beira rio (mas calculo que as placas a dizer “vende-se”, não devem ser nada baratas, ainda assim...).

Um arroz de salsichas avisa a contenção que aí vem. Resto da tarde sem mexer muito. Meia dúzia de jogatanas, umas quantas cartadas (ao olho)... 16.00, volta ao rio, para a nossa 1ª conquista... nada como ter uma ilha só para nós, pelo menos por um dia!

Enquanto tentamos dormir, faz-se a festa algures numa ou outra casa da serra. Não sabemos de onde vem, mas ouve-se o eco das batidas. Adormecemos a ver estrelas, com música de fundo... COM MUITA CALMA!

Ontem também havia ilhas... mas hoje dormimos lá!

Até amanhã