quarta-feira, agosto 2

RIO ZÊZERE – DIA II – 28/07




Adormecemos. Com o duplo tecto completamente estrelado a prometer um dia seguinte cheio de sol.

Uns juravam que viam umas quantas estrelas cadentes. Pediam-se desejos, esperava-se que fosse amanhã para nos lançarmos ao azul que tínhamos à frente!

À hora marcada, lá estavamos nós. Pestana aberta, pequeno almoço leve mas com vista para a ilha do Lombo, coletes vestidos, mochilas forradas pelos sacos pretos, prontos para o dia II!

Confesso que me custou uma vez mais acordar... para quem uma frincha do estore o tira completamente do sério, ter o sol às 6.30 da manhã não é fácil... e nem o saco cama ajuda, porque às 8 o calor começa a ser mais que muito.

Assim, e que nem filme, acordamos, damos 2 passos e quase antes de dizermos bom dia uns aos outros, já lá vão 3 ou 4 mergulhos.

Lavar não é preciso, estamos todos os dias lavados... e várias vezes, aliás, cumprida a higiene dentária, estamos em cima delas (das canoas, claro) a cumprir o 1º trajecto do dia II.

Vieram memórias (Kiko, cá vai): Passamos pela casa do nosso “amigo” Rui... aquele que tinha os dois filhos, que nos convidou a ir lá a casa, onde fizemos uma granda party, e que acabou a dormir (ele e as crianças) em campo, connosco... aquele do jipe vermelho, onde conseguiu meter uns 10 marmanjos aqui há uns anos atrás.

Ontem fizemos a festa... hoje, não parámos... mas olhámos, comentamos e sorrimos;

Ontem tinhamos a Mafalda numa das canoas, hoje tinhamos o irmão Ricardo;

Ontem quem remava à frente era a baixinha, hoje era o Carlos;

Paramos algures, por volta das 10.30 da manhã, numa “manga” do Zêzere... uma prainha fabulosa, um sol do outro mundo. E lá vão... 6 canoas, 11 putos, 11 coletes, 11 pagaias... “montar” campo, encontrar umas sombras... porque a partida está marcada para as 16.30/17 h.

A manhã/tarde é calma. Impressionam as margens. A contrastar com a beleza do rio, faz confusão o abandono das aldeias. Entramos estrada a dentro, à procura de água (e de uma mercearia), e o rasto de “abandono” é por demais evidente! O que é uma pena. O que não dava por uma casa... mesmo ali à beira rio (mas calculo que as placas a dizer “vende-se”, não devem ser nada baratas, ainda assim...).

Um arroz de salsichas avisa a contenção que aí vem. Resto da tarde sem mexer muito. Meia dúzia de jogatanas, umas quantas cartadas (ao olho)... 16.00, volta ao rio, para a nossa 1ª conquista... nada como ter uma ilha só para nós, pelo menos por um dia!

Enquanto tentamos dormir, faz-se a festa algures numa ou outra casa da serra. Não sabemos de onde vem, mas ouve-se o eco das batidas. Adormecemos a ver estrelas, com música de fundo... COM MUITA CALMA!

Ontem também havia ilhas... mas hoje dormimos lá!

Até amanhã

1 comentário:

so manel disse...

e este fim de semana vou fazer o mesmo trajecto mas num dia...