sexta-feira, setembro 22

Indaba dos 40


Método Escutista: Parte 1 - O Sistema de Patrulhas

"O sistema de patrulhas é a componente essencial de formação em que o Escutismo se diferencia de todas as outras organizações.
O objectivo do sistema de patrulhas consiste em entregar o maior número possível de responsabilidades aos rapazes, tendo em vista o desenvolvimento do seu carácter".

Baden-Powell

Será a patrulha: um grupo primário, de organização natural, ferramenta de acção e comunicação, de pares, de participação na unidade ?

De que bandos / patrulhas / equipas fazes/fizeste parte ? Em que é que isso contribui(u) para o teu desenvolvimento ? Qual a diferença entre hoje e "ontem" ?

Partilha a tua opinião e participa ? Mostra que fazes parte deste jogo fantástico que é o escutismo.
P.S.: E para alguns de vós, não se esqueçam: "Escuteiros um dia, escuteiros toda a vida"


2 comentários:

Musarenho Incansável disse...

O sistema de patrulha é sem dúvida um dos "pilares" do escutismo, mas para que se possa tirar todo o partido dele é necessário que as patrulhas funcionem covenientemente. Que se realizem as reuniões de patrulha/equipa de forma autónoma ,que os cargos funcionem na prática, que os guias sejam eleitos pelos seus elementos e que as patrulhas/equipas tenham o seu espaço próprio para se poderem organizar.

Vice... disse...

E o Escutismo, como ele é hoje, deverá ser entendido como foi escrito há 100 anos?

Nem sei até se o sistema de Patrulhas se deve sobrepor, HOJE, ao envolvimento dum Grupo. Não sei mesmo. Tenho mesmo as minhas dúvidas…

Na minha opinião, o Escutismo, como Ele é hoje é feito por e para putos bem “diferentes”, com prioridades distintas, com capacidade de decisão nada fácil, com alternativas de escolhas por demais, com uma falta de espírito critico intrigante, ao qual principio do sistema de Patrulhas, na sua essência, não tem o peso e a aplicabilidade de outros tempos… sem querer ir mais longe, lembro só as 3.000 dificuldades que temos para conseguirmos fazer reuniões semanais regulares.

Não que sendo mau, não me parece que possa ser necessariamente benéfico para nós, para o desenvolvimento do CNE em geral, do nosso Agrupamento em particular.

Mas depois há o outro lado, isto é, se calhar somos nós que não nos estamos a conseguir adaptar às alternativas com que nos são deparadas.

Sou escuteiro desde os 5. Fui Lobito, Júnior (Explorador), Sénior (Pioneiro), Caminheiro e Hoje Dirigente.

Recordo-me do potente trabalho em Patrulhas numa IIª, com Pedro Nuno e Cristina, Kiko, Carlos Gonçalves… e numa IIIª, com o Núnú, com o Cabras (cada Sábado aquela secção ameaçava fechar), lembro-me dum trabalho mais em Clã numa IVª.

Mas sinto que hoje, e tomando como exemplo os últimos 7 anos de trabalho em Equipa de animação, de ter privilegiado um Grupo, e sempre, que tentamos dinamizar o sistema de Patrulhas e Equipas, a dificuldade ter sido por demais… por falta de imaginação? Claro que não. Por falta de criatividade? Um pouco. Por inércia na altura de decidirem? Sem dúvida. Por falta de espírito crítico, de se agarrarem àquilo que acreditam, por lutarem por convicções? Absolutamente.

E aqui acho que um Grupo tem bem mais força, que uma Equipa ou Patrulha.

Ou seremos nós? Sim, nós Dirigentes. Que não sabemos espicaçar como nos espicaçavam na altura.

Que a alternativa que eles têm lá fora, também nós a temos, e por isso, também já não “puxamos” tanto.

E será que sabemos mesmo o método Escutista? Que o sabemos aplicar e adaptar a cada puto, a cada Equipa, a cada Grupo?

Será que ao querermos dar responsabilidade, autonomia, não nos cabe também a nós orientar, dar o murro na mesa, transmitir calma e racionalidade… quando os sentimos um pouco perdidos? Não estaremos a levar a famosa expressão “este ano será o que vocês fizerem” demasiadamente à letra? Ou não se estará a proteger demais e a encobrir quando fazemos “desesperadamente” aquilo que deveriam ser eles a fazer?

E o que é uma Aventura, um Empreendimento, uma Caminhada? Sabemos mesmo o que é, como se transmite… como se aplica? Isso… o MÉTODO!