Atreve te...

Lê...Reflecte...e age!!!

Enquanto caminhamos ao longo de uma vida escutista aprendemos muita coisa, que nos ajuda a crescer como homens de um mundo em constante mudança.
Hoje como futura caminheira que sou, escrevo várias palavras numa tela branca e explico as ao mundo que me rodeia, em que só precisamos de ser diferentes para chegarmos a um objectivo final.
Nesta mesma tela branca escrevo:
“Caminho”
Caminho este, que muitas vezes escolhemos o que nos é mais fácil ou mais conveniente… ao contornarmos uma arvore ou um rochedo que nos impede de avançar, também assim contornamos os problemas e os obstáculos que a vida nos impõe.
Não somos ninguém para julgar ou dizer o que é certo ou errado. Cada um escolhe o caminho que quer…
Claro que somos caminhantes conscientes e que sabemos o que é certo e errado, e exemplo disso é a vara bifurcada. Somos nós que escolhemos aquilo que nos faz felizes ou infelizes, tudo depende de cada um de nós. E daí parte o que queremos fazer do mundo…
No entanto para que tudo tenha um sentido de ser é necessário acreditar. E como peregrina que sou, a “Fé” é me importante.
Para conseguir construir coisas novas é necessário acreditar em algo, que me sustente a esperança e me guie nos novos caminhos. Em auxílio trago a bíblia que me acompanha em todas as jornadas e que me ajuda a reflectir.
Contudo, vivo em “comunidade”. Numa comunidade em que vários valores se desvanecem, como a fraternidade e a partilha. Fazendo eu parte desta comunidade e sendo caminhante que sou, tento mostrar que a fraternidade é essencial para tudo. Na união, na solidariedade, na fé, na boa cidadania e vivência em sociedade. E assim eu trago o Pão em símbolo da partilha e da comunhão para que sejamos peregrinos do mesmo feito.
“Paz”
Um dia disseram me que era inútil lutar pela paz. Em parte a ideia está correcta lutar pela paz mundial é me impossível, mas lutar pela paz de espírito, já sou capaz.
Comigo levo a mochila que no inicio da caminhada ia bastante leve, pois só levava o essencial, fé, partilha e comunhão. Conseguindo a paz de espírito, irei bastante mais carregada, levarei comigo o perdão, o respeito, a tolerância, a harmonia e a compreensão. Sentirei me muito mais pesada mas também muito mais completa.
Sempre aprendi que ajudar o próximo é o mais correcto e que até faz parte das boas acções. Quando cheguei aos caminheiros deparei me com uma concentração enorme no serviço.
“Serviço”
Não nos devemos conformar com a existência de associações que ajudam os outros e que de certa forma farão o serviço por nós. Não é justo, pensarmos assim. Nós como peregrinos que somos devemos marcar o serviço de uma forma voluntária, tornando – o de uma forma gratificante e louvante para os que servimos e para nós.
Neste mundo de conformismo e de comodismo é cada vez mais importante valorizarmos valores que estão a ser apagados pela constante mudança que o mundo sofre. Tudo é possível é só crer!
Nesta jornada também é essencial sentirmos o amor.
“Amor”
O amor a quem nos é próximo, família, amigos, namorado ou namorada. Não é só sentir, também por vezes é necessário dizê - lo e se necessário vezes sem conta. Porque se no caminho que traçamos alguém que nos é especial parte para outro mundo, nos culpabilizamos do tempo perdido e dos momentos deitados a perder. E o triste é que no mundo de hoje muitas vezes isto acontece, porque nos dedicamos cada vez mais à nossa auto-realização, sem nos lembrarmos que se crescemos num seio sem amor, seriamos pessoas frias, sem força e com pouca fé.
E por fim, comigo trago o fogo, para que quando necessário me ilumine os sentimentos e me aqueça a alma, para que possa continuar a fazer diferença.
Vamos fazer a diferença, vamos nos sentir diferentes e sermos homens – novos para possamos continuar a trilhar um caminho que nos leve ao TRIUNFO.
Não tenhas vergonha de ser um peregrino neste mundo de acomodados, porque o triunfo final é: SER DIFERENTE, SER FELIZ!!!