quinta-feira, agosto 20

Ser 29

Ser 29 não passa só por ir a uma reunião ao Sábado à tarde, entrar as 15h e sair as 18h como se faz na escola ou no trabalho. Ser 29 passa por entrar numa sala pintada de azul, cumprimentar quem não vimos desde a semana anterior, trabalhar em grupo para um objectivo, ir embora com um sorriso nos lábios e esperar por mais. Ser 29 passa por conhecer o objectivo, ajudar a concretizá-lo e, por fim, desfrutar...como nós desfrutámos.
Senti que este acampamento foi memorável e só lá estive 2 dias, praticamente.
Nestes dois dias...eu vi:

Trabalho...

...Mas trabalho com um sorriso na cara!

Vi um fogo de conselho inesquecível em que não havia animadores porque NÓS todos éramos os animadores!



Em que jogámos ao Aumentador,



aprendemos e gritámos o "Watantshu",



cantámos uma nova música, criámos um rap...







Batemos martelinhos, contámos-LHE uma história, tocámos guitarra, abraçámo-nos cada vez que chegava o "O" de B-I-N-G-O...Comemos um belo chouriço, como começa a ser hábito do 29...


E parecia que não ia acabar.

Destes dois dias, recordo muito mais ainda. Recordo uma noite na praia com um grande moshe, futebol humano e rebolanços nas Dunas. Recordo um episódio cheio de abelhas e febras no chão; uma dormida ao relento; um momento em que, sem querer, estávamos todos no Sasha a cantar o nosso Hino com uma tal força que fui obrigada a parar a guitarra porque tinha uma lágrima ao canto do olho (e não fui a única!); recordo muitos momentos e muitos sorrisos com saudade. E lembro-me sempre que, como cantámos e dissemos: a força está em Sermos Um! E claro, para o ano, estamos de volta :)

3 comentários:

Anónimo disse...

E uma fogueira! Uma fogueira gigante!

Uma conversa a três durante horas, na duna que nos separava entre a Lagoa e a praia.

Uma corrida às cambalhotas duna abaixo, uma tenda carregada à mão durante kms, uma voz a tremer no momento em que “tudo” acaba, uma visita diária ali pelas suas 5 da manhã, um bacano aos berros durante a noite.

Um silêncio iluminado por uma lua estonteante.

Umas bolas de Berlim na praia.

Uns ovos apanhados a 5 m de altura, bem no cimo de molhes de palha.

Uma vontade de “apanhar” um pôr-do-sol.

Decisões tomadas à troca de olhares.

Uns “chouriços” que têm que se “encher” com ELA, para vos dar tempo de LHE contarem a História;

Gargalhadas a dois num campo em silêncio.

Pequenos nada’s, que transformam.

E as revelações: uma sub-guia (quiçá guia) loira de olhos azuis (sempre soube que essa qualidade andava p’raí), um grande Silvestre, um Barbacena em alta forma (até já se dá ao luxo de mandar 20 febras às vespas), um Horácio cheio d’alma, uma Tânia com muita garra, um Rodrigo a crescer, uma Rita como nunca se tinha visto… e tudo isto debaixo da “vossa asa”, de autênticos líderes de “ palmo-e-meio”que têm sabido e merecido aproveitar a liberdade que têm tido (ok… com alguns riscos, mas que são assumidos… por ELES).

Lágrimas? Vimos muitas…!

O problema disto tudo é que em cada palavra escrita, fica sempre algo por dizer! E ainda bem…

Anónimo disse...

E as palavras, essas serão sempre poucas para descrever o que se vive e se sente no 29......!

Joana, espero que voltem com a mesma garra para que, mesmo mais longe, vos possa acompanhar e recordar todos os anos em que todos os sabados eu ia viver, construir, e SER!!!! E sempre com muitas lágrimas no meio....

Anónimo disse...

E um chefe a meio da noite a ladrar para proteger todos os seus elementos!